terça-feira, 24 de julho de 2012

PELAS SENDAS DA EC

Em 2011 fiz 2 cursos de escrita criativa, se calhar um tinha chegado mas a questão é que tinha encasquetado que haveria de frequentar um certo e determinado curso de uma certa agência criativa multifacetada com nome na praça e nesse ano, a dita nunca mais abria inscrições para o tal. Assim, lá pesquisei a ver outras possibilidades quando uma amiga me falou na Cia do Eu e assim como assim, com companhia seria mais fácil arrancar do escritório no fim de um longo dia de trabalho para ir dar largas à imaginação e experimentar pôr palavras à solta, tal qual cavalos num prado verde.


Começamos a frequentar as aulas e rapidamente me confrontei com o que nos acontece a todos ao longo da vida escolar: há sempre alguém que faz isto melhor que nós, possa! E o mal foi a prof de Português no 10º ou no 11º ano me ter dito que o meu livro de poesia era um misto de Fernando Pessoa, Florbela Espanca e Luís de Camões... pois, se calhar porque eram as referências que tinha na altura, não?!? O ego foi lá para os píncaros mas à medida que os anos foram passando e as tentativas sucessivas de concorrer a concursos (passo a redundância) do género literário em questão terem resultado ingloriosas, fui percebendo que talvez fosse melhor experimentar outro estilo. 


Desistir não, nada disso. Se sabia escrever qualquer coisa de jeito com 15 anos, não haveria de me ter passado o dom, só é preciso é trabalhar e perceber qual o melhor caminho a seguir. Gostei muito do desafio, dos exercícios propostos, o tempo limite para elaborar os textos é que complicou o desempenho: 5 minutos, a maior parte das vezes... pouco, sobretudo porque o meu cérebro funciona ao "relenti" depois de horas de trabalho a fio. Mas estou agora a melhorar todos esses textos com as dicas e sugestões que o formador PSL nos deu e penso que afinal alguns não são assim tão maus.


Quanto ao 2º curso, o tal que era imprescindível ter no currículo, acabei por não resistir e também o frequentei, ainda nem tinha acabado o primeiro. Sábado de manhã, estou fresca que nem uma alface, vou aproveitar muito melhor (isto se for capaz de não ir dançar à 6ª à noite, outro feito difícil de contornar), pensei. Afinal é só por um curto período de tempo e é tudo investimento. Ok, foi bastante diferente do primeiro, técnicas, temáticas, estilos, trabalho em grupo a estimular a troca de ideias criativas que era sobretudo o que  me interessava explorar (apesar da turma não ter ajudado muito), acabei com a sensação de que tinha valido a pena a dobradinha de EC.


E pronto, tudo isto para justificar os textos que irei publicar por aqui, de vez em quando. E valem, pelo menos, pela coragem (como diz um outro amigo, é preciso é ir em frente e arriscar). Ok, EU VOU.

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